Carnaval

sábado, 28 de setembro de 2013

Sinopse do Império da Tijuca, Carnaval 2014



"BATUK"
Tocar, bater, vibrar;
Batuk.

Que faz lembrar África dos nossos ancestrais

E a pureza dos cânticos à vida, onde tudo é ritmo.

N'aldeia, em volta da fogueira,

Alegria e dança; celebração!

A etnia é guerreira, tem o dom da comunicação.

Assim quiseram os deuses.

Pois minh'alma é força, é parte natureza.

Transforma o corpo em orquestra, instrumento,
Cura. Fala de Saudade. Alerta.

Baila no rito do mascarado a iniciação,

Enfeita as cabeças, espalha felicidade.

Faz kizomba, enaltece os valores da amizade.

Gira no ritual que espalha axé,

Mistura negro, branco e índio.

Canta forte, pois tem fé,

Bate palma, pois tem fé,

Reza, é sagrado, é sinal de fé.

Eleva o canto aos céus e pede,

Clama o fim das injustiças, quer ser livre.

Coroa a liberdade em forma de prece,

Ao bondoso Deus e ao divino espírito santo.

Faz-se essência da cultura popular.

Dos reis, crioulas, marujeiros e brincantes,

Rodopia, irradia alegria, espanta a tristeza.

Desce a ladeira no passo que "freve", ferve!

Segue o cortejo da casa real, cortejo da coroa imperial.

Profano,

Embala o corpo, põe pra dançar.

O ritmo desce a ladeira, inclui,

Dita moda, conscientiza, refaz as cabeças.

Mistura, faz crítica, fala da realidade,

Faz onda que recria uma nação.

Alegria de todo um povo,

Condenado, proibido, imoral.

Mesmo assim resistiu, pôs-se a jongar.

Voltou pros salões, virou fino trato.

Enfeitou-se de flores, levantou o estandarte,

Lançou perfume e apaixonou a sociedade.

Saiu por aí, deu samba, fez escola.

Subiu o morro,

Lá do alto fez seu reinado e estendeu o manto,

Verde de esperança e branco da paz.

Coroou uma gente guerreira,suburbana, feliz,

Que hoje faz sua batucada especial.

Afinal, da África ao Brasil,

Em todo mundo,

É tempo de Batuk.

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