Foi lançado, na noite
de ontem (26/03), na Livraria Travessa, em Botafogo, o livro “A Batalha das
ornamentações – A Escola de Belas Artes e o Carnaval Carioca”, de Helenise Guimarães
(Professora do departamento de História e Teoria da Arte da Escola de Belas
Artes/UFRJ e doutora em Atrtes Visuais pelo PPGAV/EBA/UFRJ).
SINOPSE
“O
carnaval tem suas raízes em um passado distante e foi se transformando até
chegar aos nossos dias. De uma festa simples, vai aos poucos ficando complexo
com suas alegorias, fantasias, máscaras, adereços, enredos, samba, e hoje
apresenta sua face espetacular. Sua importância como festa urbana na atualidade
é incontestável, destacando-se no Brasil as Escolas de Samba do Rio de Janeiro,
detentoras há mais de um século de destaque nas diversas mídias.
Para falar um pouco da história do
carnaval, Helenise Guimarães, especialista na área, nos brinda com este livro
que vai destacar os profissionais que fazem escola no carnaval carioca. O
objetivo principal está em mostrar a trajetória dos decoradores carnavalescos
que com criatividade e competência ornamentaram avenidas, ruas, praças e salões
de baile, numa tradição que se iniciou em 1928” (retirado do site www.riobooks.com.br).
Em “SamBRA – 100 Anos
de Samba”, Diogo Nogueira estreia seu primeiro papel em Musical, composto por
grande elenco. A proposta do musical é viajar pela História do ritmo mais
importante do Brasil, o samba. Durante o espetáculo o público vai acompanhando
a evolução do samba ao longo de um século, desde o início do século XX, quando
os sambistas se encontravam na casa de Tia Ciata – grande baiana que fez de sua
casa um grande ponto de resistência da cultura negra – até os tempos modernos
de sambódromo, onde as escolas de samba se tornaram grandes instituições de
cultura do país, levando o samba para o mundo inteiro.
“SamBRA” retrata o samba
desde sua origem mais rural, passando pelo modelo estabelecido pelo pessoal do
Estácio (o chamado samba de sambar), pelo branqueamento cultural ocorrido no
ritmo para que ele pud
esse servir as gravadoras, tonando-se símbolo nacionalnos
idos da década de 1930...
A Bossa Nova de Tom Jobim,
Vinícius de Morais e Baden Power também foi lembrada: momento de samba no
violão, piano, boates de Copacabana...
Retratando ainda
grandes cantores e compositores como Martinho da Vila, Noel Rosa, Beth
Carvalho, Clara Nunes, João Nogueira, Cartola entre outros, o espetáculo circula
pelas grandes composições que ajudaram a escrever a história centenária do
samba carioca.
A perseguição à música
popular brasileira e a maneira como esta foi usada pelo povo e artistas para
protestarem contra a ditadura militar também são retratadas de forma
avassaladora, momento em que Paulinho da Viola é saudado por ter resgatado o
samba autêntico, com cavaco, tamborim e pandeiro.
Se falando de samba, o
que não faltaram foram malandros e cabrochas. Numa das cenas mais bonitas, Zé
Pilintra, a entidade que representa a malandragem nos cultos afro-brasileiros,
foi reverenciado por uma roda de malandros.
Com uma pegada de humor
na dose certa, o espetáculo arrancou risadas em diversas partes.
Por fim, o samba
personificado (representado por um dos integrantes) se encontra com Tia Ciata,
os dois estão felizes, pois olham para trás e veem o quanto de história o ritmo
embalado na Praça XI foi capaz de escrever. É tempo de carnaval, de juntar o
povo, de se fantasiar, de sambar... De respeitar a camisa, de quem pode chegar
onde o SAMBA chegou!