Carnaval

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Sinopse da Santa Cruz, carnaval 2011

Paz e amor, o sonho não acabou

Justificativa:

Estamos na década de 50 e início da década de 60.

Os jovens participaram dos acontecimentos com uma intensidade nunca vista antes na história. Foi uma época que prometeu grandes mudanças: na tecnologia, na moda e nos comportamentos, na economia e na política.

Minissaia – Rock – Televisão - Computadores – Guerrilha – Viagem à Lua – Liberdade sexual – Festivais – Cabelos compridos – Estudantes enfrentando a polícia – Guerra do Vietnã – Feminismo - Revolução

O mundo inteiro parecia querer mudar.
Mas, no final, pouca coisa se transformou profundamente.
O sistema era mais forte do que se pensava. O sonho acabou?

PAZ E AMOR! O SONHO NÃO ACABOU.

Jovens das décadas de 60 e 70 viveram o grande sonho de que o mundo poderia mudar para melhor. O sentimento de que nascia uma nova era contagiava corações e mentes.
Foi uma geração que lutava pelas mudanças políticas, sociais e culturais. A ideia básica era contestar o sistema. A juventude tinha pressa.

“Vem, vamos embora
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora,
Não espera acontecer.”
(Geraldo Vandré)

Todas as instituições eram contestadas, repensadas, refeitas.

"Abaixo a Repressão!"

"É proibido proibir!"

A Humanidade pensava viver a aurora de uma nova era.

"Um dia, todos serão livres, iguais e amigos" (Martin Luther King).

Nesta época teve inicio uma grande revolução comportamental como surgimento do feminismo e os movimentos civis em favor dos negros e homossexuais.

NOVOS COSTUMES E COMPORTAMENTOS

Os jovens acreditavam que não bastava transformar a estrutura econômica e o Estado. Era preciso mudar a própria maneira de se comportar.

Os homens começaram a usar cabelos compridos, enquanto as moças vestiam minissaias. As roupas eram coloridas, cheias de flores e de imagens psicodélicas.
As mulheres tornaram consciência e que não eram inferiores aos homens e que deveriam ter os mesmos direitos.

Jeans, discos, refrigerantes, alimentos e carros passaram a ser amplamente vendidos para uma sociedade de consumo composta basicamente por jovens.

A REVOLUÇÃO CIENTÍFICA

A ciência e a tecnologia se desenvolveram amplamente nesta época.

Em 1963, foi criado o gravador com fitas cassetes;
Em 1967, realizou o primeiro transplante de coração bem-sucedido, pelo Dr. Barnard;
Em 1967, os americanos se tornaram pioneiros no desembarque de um homem na lua.

ROCK E REBELDIA

A música viveu a colorida explosão do rock através de grandes nomes como: Os Beatles, Rolling Stones, Jimi Hendrix e Elvis Presley.

No Brasil a música popular ocupava seu espaço, levando as multidões aos festivais. Surgia nos palcos uma nova geração de artistas: Caetano Veloso, Gilberto Gil, Geraldo Vandré, Milton Nascimento, Wanderléia, Roberto Carlos e Chico Buarque, entre outros.

Através das letras, os músicos protestavam e exprimiam sua revolta contra tudo e contra todos.

HIPPIES: UMA PROPOSTA DIFERENTE

Nem todos os jovens da época sonhavam com revoluções.
Muitos aderiram ao lema. "Paz e Amor" para transformar o mundo. Eram os hippies.

Vivendo em acampamentos, andavam em grupos, admiravam a cultura oriental, vestiam batas indianas, usavam barba e cabelos compridos, apreciavam a alimentação vegetariana e a liberdade.

Para um mundo melhor, os hippies propunham o extermínio das mentiras, cobranças, castigos, guerras e neuroses da sociedade de consumo.

Faça amor, não faça guerra!

PAZ E AMOR! O SONHO NÃO ACABOU.

A mudança radical sonhada pelos jovens foi bonita e marcante. Entretanto, não se realizou. O mundo continuou sendo o mesmo, talvez até mais contraditório. Mas, os ideais de um mundo melhor, mais justo e igual para todos permanecem.

No coração das atuais gerações ainda pulsam a coragem e a vontade de transformar o planeta. Os ideais de paz e amor continuam povoando a imaginação dos jovens.

Atravessando décadas, os jovens de todas as gerações ainda sonham, provando que, apesar de todos os obstáculos o sonho não acabou.

O primeiro passou
O segundo amor passou
O terceiro amor passou
Mas, o coração continua.
(Carlos Drummond de Andrade)

Autora do enredo: Rosele Nicolau Jorge Coutinho
Adaptação: Carlos Muvuca

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