"Bahia de todos os deuses"
Salgueiro, 1969;
Composição: Bala e Manuel RosaBahia, os meus olhos estão brilhando,
Meu coração palpitando
De tanta felicidade.
És a rainha da beleza universal,
Minha querida Bahia,
Muito antes do Império
Foste a primeira capital.
Preto Velho Benedito já dizia
Felicidade também mora na Bahia,
Tua história, tua glória
Teu nome é tradição,
Bahia do velho mercado
Subida da Conceição.
És tão rica em minerais,
Tens cacau, tens carnaúba,
Famoso jacarandá,
Terra abençoada pelos deuses,
E o petróleo a jorrar
Nega baiana,
Tabuleiro de quindim,
Todo dia ela está
Na igreja do Bonfim, oi
Na ladeira tem, tem capoeira,
Zum, zum, zum,
Zum, zum, zum,
Capoeira mata um !
Ainda Existem Crianças na Vila Kennedy -
"Das maravilhas do mar, fez-se o Resplendor de uma noite"
Portela, 1981;
Composição: David Côrrea/Jorge MacedoDeixa-me encantar
Com tudo teu e revelar
O que vai acontecer
Nesta noite de esplendor
O mar subiu na linha do horizonte
Desaguando como fonte
Ao vento, a ilusão teceu
O mar, oi o mar,
Por onde andei mareou, mareou
Rolou na dança das ondas
No verso do cantador
Dança quem tá na roda
A roda de brincar
Prosa na boca do vento
E vem marear
Dança quem tá na roda
A roda de brincar
Prosa na boca do vento
E vem marear
Eis o cortejo
Eis o cortejo irreal
Com as maravilhas do mar
Fazendo o meu carnaval
É a vida, a brincar
A luz raiou pra clarear a poesia
Num sentimento que despeta na folia
Amor, amor
Amor sorria, ô, ô ô
Um novo dia despertou
E lá vou eu
Pela imensidão do mar
Esta onda que borda
A avenida de espuma
Me arrasta a sambar
E lá vou eu
Pela imensidão do mar
Esta onda que borda
A avenida de espuma
Me arrasta a sambar
"Domingo"
União da Ilha do Governador, 1977;
Vem amorVem à janela ver o sol nascer
Na sutileza do amanhecer
Um lindo dia se anuncia
Veja o despertar da natureza
Olha amor quanta beleza
O domingo é de alegria
No Rio colorido pelo Sol
As morenas na praia (bis)
Que gingam no samba
E no meu futebol
Veleiros que passeiam pelo mar
E as pipas vão bailando pelo ar
E no cenário de tão lindo matiz
O carioca segue o domingo feliz
Vai o sol e a lua traz no manto
Novas cores, mais encanto
A noite é maravilhosa
E o povo na boate ou gafieira
Esquece da segunda-feira
Nesta cidade formosa
Há os que vão pra mata
Pra cachoeira ou pro mar (bis)
Mas eu que sou do samba
Vou pro terreiro sambar
"O Grande Circo Místico"
Mocidade Independente de Padre Miguel, 2002;
É show, que euforia
Festa na Cidade
O grande Circo Místico chegou
De mãos dadas com a Mocidade
Abra as cortinas do seu coração
Nossa arte é vida, cheia de emoção
Vem sonhar acordado
Esse mundo encantado
É fascinação
Palhaço e Sambista
Em estado de graça
Pro malabarista, aplausos da massa
E o trapezista, bailando no ar
E na cartola a surpresa o que será ?
Taí o real picadeiro
A cada instante
Uma viagem além da imaginação
É nobreza e cultura, magia, ternura
Uma doce ilusão
Mãe de toda arte, seduz os meus olhos
Teu chão de estrelas
Aonde chega é felicidade
Quando vai embora, é um mar de saudades
Hoje tem alegria
Sonho da criançada (Tem sim Senhor)
Hoje o céu é de lona
Vamos dar gargalhada, meu amor
Golfinhos da Guanabara -
"Os Sertões",
Em cima da Hora, 1976;
Marcado pela própria natureza
O Nordeste do meu Brasil
Oh! solitário sertão
De sofrimento e solidão
A terra é seca
Mal se pode cultivar
Morrem as plantas e foge o ar
A vida é triste nesse lugar
Sertanejo é forte
Supera miséria sem fim
Sertanejo homem forte (bis)
Dizia o Poeta assim
Foi no século passado
No interior da Bahia
O Homem revoltado com a sorte
do mundo em que vivia
Ocultou-se no sertão
espalhando a rebeldia
Se revoltando contra a lei
Que a sociedade oferecia
Até o final
Defendendo Canudos
Naquela guerra fatal
Herdeiros da Vila
- "Muito prazer! Isabel de Bragança ou Drummond Rosa da Silva, mas pode me chamar de Vila",
Unidos de Vila Isabel, 1994;
Vou cantando...
Os meus encantos vou mostrar (bis)
Muito prazer, eu sou a musa, sou a fonte
Deixa meu feitiço te levar
Antes habitada pelos índios
E os jesuítas cultivaram a cana no meu chão
Era "Fazenda dos Macacos"
A preferida do Imperador desta nação
Também fui o dote de D.Pedro para duquesa
Com o progresso de Drumond
Ganhei cultura e requinte "à francesa"
"Peguei o bonde", "passei" no Boulevard
E a "Confiança" é doce recordar (bis)
"Os três apitos" cantados por Noel
Ainda ecoam pela Vila Isabel
Blocos, corsos, "lenhadores"...
Alegria dos meus carnavais
Embalei, os namorados
Na magia do amor formei casais
Em noites de festas, serestas, violões e "Os Tangarás"
Virei a predileta dos amantes e poetas
Gravados nas calçadas musicais
Desperta "Seu China"! Acorda "Noel"!
Pra ver a nossa escola desse branco azul do céu
E o "Zé Ferreira" (alô Martinho!)
Vem saudando a multidão
Pode me chamar de Vila
Que orgulho é o meu "Brazão"!
Quem põe não tira
Nesta ceia popular (bis)
Sou do morro à nobreza
E de quem quiser amar
"Alô, alô, tai Carmem Miranda",
Império Serrano, 1972;
Uma pequena notável
Cantou muito samba
É motivo de carnaval
Pandeiro, camisa listrada
Tornou a baiana internacional
Seu nome corria chão
Na boca de toda gente
Que grilo é esse
Vou embarcar nessa onda
É o Império Serrano que canta
Dando uma de Carmem Miranda
Cai, cai, cai, cai
Quem mandou escorregar
Cai, cai, cai, cai, eu não vou te levantar, ôb
Inocentes da Caprichosos -
"Xuxa e seu Reino Encantado no carnaval da imaginação",
Caprichosos de Pilares, 2004;
Pilares é festa... já tô
No reino encantado... amor
A lua à brilhar... sonho de cristal...
Xuxa, "Caprixosos"...
Carnaval...
O meu coração tá radiante de alegria
Em Santa Rosa, O "cara lá de cima" fez nascer a flor
E o mágico destino embalou
Lindos sonhos da menina
A princesa o mundo consagrou
Na modelo ideal
O baixinho sorriu, a rainha surgiu
Em uma nave espacial
Se a vida é um "xou",
Tá no ar a magia de viver
Tira o pé do chão,
Hoje tem alegria, ilariê
Ah! O filme passa e vem a emoção
É missão perceber
A criança é o amanhã...
Mente sã... é só querer...
Fazer da paz fonte de energia
Se vestir de azul e branco, "caprixar"
Na fantasia
Batam palmas, ela já chegou
Em meu coração um "X" marcou
Xuxa, eu te amo, eu te amo, meu amor
Infantes do Lins
Lins Imperial, 1991;
Quanta maldade é ver
O homem destruir
O que hoje encanta (bis)
A Sapucaí
Amazônia
Que verde encantador
Fauna tão linda
Um verdadeiro festival de cor
Terra rica em frutos e pesca
Chico foi o mensageiro (bis)
Em defesa da floresta
Os invasores, por ambição
Calaram Chico
Dando seqüência à destruição
Kararaô
O grito forte do índio ecoou
Kararaô (bis)
A natureza inteira despertou
Voa pássaro da paz
Voa livre e vai mostrar (mostrar, mostrar)
Que essa área verde existe
Para o mundo respirar, lá, lá, laiá
Para o mundo respirar
"Atrás da verde e rosa só não vai quem já morreu",
Estação Primeira de Mangueira, 1994;
Bahia é luz
De poeta ao luar
Misticismo de um povo
Salve todos orixás
Quem me mandou
Estrelas de lá
Foi são salvador
Pra noite brilhar
Mangueira!
Jogando flores pelo mar
Se encantou com a musa
Que a Bahia dá
Obá berimbau ganzá
Ô capoeira bis
Joga um verso pra iaiá
Caetano e Gil ôô
Com a tropicália no olhar
Doces bárbaros ensinando
A brisa a bailar
A meiguice de uma voz
Uma canção
No Teatro Opinião
Bethânia explode coração
Domingo no parque amor
Alegria alegria eu vou
A flor na festa do interior
Seu nome é Gal
Aplausos ao cancioneiro
É carnaval é Rio de Janeiro
Me leva que eu vouSonho meu
Atras da verde-e-rosa
Só não vai quem já morreu
MEL do Futuro -
"Masvale um jegue que me carregue, que um camelo que me derrube lá no Ceará",
Imperatriz Leopoldinense, 1995;
Ecoam pelo ar
Estórias de tesouros escondidos
Sou poeta da canção
E embarco nesse sonho encantado
Vou com destino ao Ceará
Em busca de um novo Eldorado
(Eu levo)
Levo comigo a ciência
Do país a sapiência
Tudo eu quero relatar
Nessa expedição bem brasileira
Chegam mouros e camelos
Não precisa se assustar
Balançou, não deu certo não
Pois não passou de ilusão (bis)
Eles trouxeram o balanço do deserto
Mas não é o gingado certo
Pra cruzar o nosso chão
O jegue escondido na história
Ajuda o sertanejo a tocar seu dia-a-dia
Trabalha, ara a terra sob o sol
E leva o fardo pesado
De um povo sofredor (bis)
Mais vale a simplicidade
A buscar mil novidades
E criar complicação
Esquecendo o bom e o útil
Renegar o que é nosso
Gera insatisfação
O sertão não é só lamento
Meu momento é aqui (bis)
Faço a festa e lavo a alma
Hoje na Sapucaí
Miúda da Cabuçu -
"O Mundo Mágico dos Trapalhões",
Unidos do Cabuçu, 1988;
Hoje a tristeza não vai mais atrapalhar
Quero festa em todos os corações
Pois a minha escola o povo vai contagiar
Com a alegria dos trapalhões
Quero em cada boca um sorriso
No meu peito eu preciso dessa emoção
Desperte em você essa lembrança
Vem comigo ser criança
Na carona da ilusão
Didi, dedé
Mussum e zacarias
Seu mundo é
Encanto e magia
Dignidade de palhaço
Faz vibrar o povo brasileiro
Mestres do sorriso
Transformam a avenida em picadeiro
Pintando o sete eu vou (eu vou)
Mil gargalhadas pra esquecer o desamor
Nossa tristeza é ver criança abandonada
Maltrapilha na calçada
Tão carente de amor
Oh, meu brasil
Não esqueça dela por favor
Mineiro bom
Cadê o mé
Olha, cigano
O cearense diz no pé
Nova Geração do Estácio de Sá -
"Paulicéia Desvairada, 70 anos de Modernismo no Brasil",
Estácio de Sá 1992;
Eu vi o arco-íris clarear
O céu da minha fantasia
No brilho da Estácio a desfilar
A brisa espalha no ar
Um buquê de poesia
Na paulicéia desvairada, lá vou eu
Fazer poemas e cantar minha emoção
Quero a arte pro meu povo
Ser feliz de novo
E flutuar nas asas da ilusão
Me dê, me dá, me dá, me dê
Onde você for, eu vou com você
Lá vem o trem do caipira
Prum dia novo encontrar
Pela terra, corta o mar
Na passarela a girar
Músicos, atores, escultores
Pintores, poetas e compositores
Expoentes de um grande país
Mostraram ao mundo o perfil do brasileiro
Malandro, bonito, sagaz e maneiro
Que canta e dança, pinta e borda e é feliz
E assim transformaram os conceitos sociais
E resgataram pra nossa cultura
A beleza do folclore
E a riqueza do barroco nacional
Modernismo, movimento cultural
No país da tropicália
Tudo acaba em carnaval
Petizes da Penha
-
"O direito de ir e vir. Da aldeia do Andira - Y, da cadeirinha ao metrô, eu também vou",
Flor da Mina do Andaraí, 2006;
Tupã abençoou este destino
Jaci vagueia na tribo dos Carajás
Bons ventos que sopraram as caravelas
Pra esta terra amor e paz
Os bravos bandeirantes desbravaram os sertões
A tropa na trilha, fundaram as vilas
Abrindo as portas pras Missões
Como um sopro divino no pé do menino
Brasil, pátria mãe gentil
No ventre da fêmea, progresso florindo
Vejam nas pinturas de Debret
Concessões assinadas, transporte fluindo
Para o mundo ver
Negro construiu com amor
Sua riqueza guardada na dor (bis)
Tanta dor, tanta sabedoria
Naqueles que foram nobreza um dia
Brasil, o transporte te uniu
Do Oiapoque ao Chuí, que alegria
Foi palco de glória e dor
E também de amor em tantas folias
O bonde, o lotação, saudade à emoção
Dos carnavais de outrora
Dona Leopoldina nos braços do Barão
Vejam nosso trem tem tanta história
Hoje o metrô fazendo a integração
Do transporte na nação
Olha a Flor da Mina cheia de euforia
No transporte da folia (bis)
A festa é do Andaraí na Sapucaí
Tijuquinha do Borel -
"Entrou por um lado, saiu pelo outro... Quem quiser que invente outro",
Unidos da Tijuca, 2005.
Abro os portais da imaginação
Toda fantasia hoje é real
Me entrego ao delírio, luz, inspiração
Carnaval...
A mente leva a locais surpreendentes
Na Inocência, sou criança novamente
Com a Tijuca...Viajo nessa emoção
Me torno aventureiro da ilusão
E desejo desvendar
Misteriosas civilizações
Cidades perdidas encontrar
Tesouros que atraíram gerações
Quando se abrem as portas do medo
Bruxas, Vampiros, Fantasmas da vida
Abraço a paz, me elevo à beleza
Purificar a alma é a saída
O Homem pensou,
Que o planeta era somente seu
Pro futuro ele projetou
Dominar a natureza, que um dia o acolheu
Alerta pro Mundo atual
Imagem, terror irreal
Humanos dominados pelo mal
E quem quiser invente outro lugar
O meu paraíso, local mais perfeito não há
faço do Borel a Shangri-lá